Bastante elogiada pela crítica especializada as duas apresentações da imperatrizense Lília Diniz na festa do aniversário de Brasília. "A pequenina" emocionou o público com sua performance.
O poeta Antônio Batista, não se conteve e depois da apresentação da artista lhe enviou o seguinte "escrito" seguido de um texto sobre o show que acabara de assistir.
Lília bom dia
Tomei a liberdade de escrever umas linhas sobre minhas impressões ao ver você e Jessier juntos. Ainda não conhecia seu trabalho e olhe fiquei impressionado com seu livro, a apresentação dele na caixinha de buriti e especialmente os versos que voce escreve.
Já visitei seus blogs e sai caçando você no google, para minha surpresa vi que voce já é poeta "rodada" e eu que na minha ignorância nao a conhecia ainda. A partir de agora terás outro fã e divulgador da sua poesia, que é a nossa poesia.
Um abraço sertanejoAntonio Batista
A tampa e a panela
Com poesia e graça o show de Jessier Quirino, em Brasília, foi aberto pela poetisa maranhense Lília Diniz. Com um aboio na garganta ela cumpriu, com leveza e força, a responsabilidade de apresentar um dos maiores expoentes da poesia matuta da atualidade.
Cantando o Maranhão, ela entoou um louvor às mulheres quebradeiras de coco babaçu e arrebatou a platéia com a poesia “Birra de Muié”.
Cheia de prosa e totalmente a vontade no palco, Lília Diniz demonstrou a força da sua poesia, e no dizer de Jessier “Lília Diniz trata com retidão o interior do Brasil”.Com humor e força Jessier, o domador de palavras, chega com “paisagem do interior” e arrebata a platéia com ao descrever cenas do cotidiano do interior do Brasil.
Entre causos, piadas, poesias e músicas, o poeta vai transportando as pessoas para o universo “amatutaiado” de personagens do povo como Chico Toucim, Mané de Pichitita e Bio Pipoqueiro. Bota palavras na boca do mar e da velha lata d’água amargurada, demonstrando maestria no ajeitamento das palavras e percepção dos sentimentos sertanejos.
O palavreiro trás um “Berro Novo”, título do seu novo livro, com as lembranças da “merenda corriqueira” da infância sem esquecer as toadas de outras lavras, como o “Bolero de Izabé”, “parafuso de cabo de serrote” e “vou-me embora pro passado”, abrindo os poros do corpo e da alma dos ouvintes que lotaram o auditório da Associação Médica de Brasília.
O encontro destes dois poetas trouxe uniu Maranhão e Paraíba na poesia brejeira, e eu que sou de Sousa(PB), fui e voltei a minha terra em risos, um fiozinho de lágrima que teimava cair e um aperto na alma arrochado que só nó em pé de cabrito juramentado de buchada.
Lília Diniz e Jessier Quirino poetas que nos enchem de orgulho, cheios de sertanejismos e brasilidades que revolvem nossas raízes mais profundas, era ver a tampa e a panela, recheada dos melhores versos a despejar no prato de nossas almas o sabor da saudade temperada com carne de charque e azeite de coco babaçu.
Antonio Batista
Paraibano, de Sousa
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