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sexta-feira, 23 de novembro de 2012
Louco ? Não.
(Foto: Samuel Souza)
Saúdo o nada.
Louco, eu ? Não.
Apenas perdi as oportunidades dos aplausos nos palcos dos teatros e circos por onde andei.
Agora só me resta o grande palco da vida.
Tento chamar atenção, mas ninguém me vê.
Por um momento alguém finge me enxergar. Umas moedas caem no meu chapéu.
Que bom, amanhã terei pão.
Um lampejo de memória
Carrego na alma marcas das lembranças vividas, das lembranças perdidas.
Para a sociedade sou insano. Não sou.
Estou só.
Sou um guerreiro solitário
Agora só tenho meu corpo, ávido, faminto de um simples aplauso.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Traduzindo-se
Comunicar –se, é
preciso !
Entender as coisas do
mundo, também.
Tudo fala,
Tudo se comunica.
O corpo, fala
O falo, fala.
O sorriso da criança,
O balançar da menina.
O canto da passarada
O barulho
O Silêncio
O Sol
A Lua
O vento, o amar,
As pedras
Tudo é comunicação!
O falar do homem
e das coisas do mundo são constantes; a tradução
desse falar, nem sempre.
Traduzir, traduzir-se;
Interpretar,
interpretar-se
Compreender,
Compreender-se
Enterder-se
Entender as
múltiplas linguagens das coisas do mundo;
das coisas da vida; grandes desafios do Ser, humano.
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Monólogo da Saudade
- Amanheci com saudade. Só não me pergunte do que.
-Se me perguntares agora certamente não saberei responder.
-Só sei que sinto falta de algo que não sei definir.
-Será da minha adolescência distante ou da minha, até então, santa , e imaculada inocência perdida?
-Tem dia que a saudade me faz sorrir. Em outro, que coisa louca, é um
choro danado.
-Quem mesmo inventou essa tal de saudade?
Olhando aqui pela janela do quarto vejo as horas passarem mais rápido do
que de costume.
Deito-me, fecho os olhos e, deixo
esse danado do tempo me levar para as saudades perdidas na multiplicidade do meu pensar.
Uma nova vida
Untado
de óleo um novo corpo com cheiro de âmbar
Firme,
rijo, segue caminhante rumo á felicidade.
Um
novo corpo,
Uma
nova vida
Uma
nova alma
Uma
nova mulher
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Karina
Sempre
gostou de ler. Aos quatro anos de idade lia perfeitamente com todos os pontos e
vírgulas. Aos dez, o quarto dela já não cabia mais tantos livros.
Lia
de tudo. Dos clássicos da literatura brasileira, passando pelas revistas em
quadrinhos e, até os considerados impróprios para sua idade. A leitura destes, aliás, era feita
ás escondidas e, de preferência
na intimidade do banheiro, longe dos
olhos sempre vigilantes dos pais
e da chata da irmã mais velha.
Uma
vez vacilou. Trocou o banheiro pelo
quarto e não deu outra: a dita irmã lhe
flagrou alta madrugada lendo um livro de contos eróticos encontrado um dia, por acaso, debaixo do colchão da mãe.
Nunca
tinha lido algo parecido.
Karina completava naquele dia dezesseis anos. Estava no final de Delta de Vênus,
Histórias Eróticas de Anais Nin, escritor francês nascido no início do século XVIII.
Os
olhos estavam grudados nas páginas do
livro e a mão direita suave e
naturalmente massageava a vagina , já úmida.
Naquele
instante Karina se deliciava com a narrativa de um encontro homoafetivo num conto chamado Helena.
Incontrolável
agora, como uma maníaca de primeira grandeza, Bijou atirou-se em cima do corpo
de Elena, abriu suas pernas, colocou-se entre elas, colou-se ao sexo de Elena e
se mexeu, mexeu-se desesperadamente. Arremeteu contra Elena como um homem para
sentir os dois sexos se encontrando, se soldando. Então, ao sentir o prazer
chegando, deteve-se para prolongá-lo, caiu de costas e abriu a boca para o seio
de Leila, para mamilos incandescentes em busca de carícias.
Á
proporção que mergulhava na leitura do conto a mão de Karina se
movimentava com mais avidez por
dentro da calcinha. Por um instante largou livro e se entregou àquele momento
só seu. A ninfeta foi deslizando lentamente do encosto
da cama com as pernas dobradas.
Enquanto
a mão direita era movimentada dentro calcinha a esquerda apertava com
intensidade os seios. Estava perto do
seu primeiro orgasmo, aquela coisa tão gostosa que as colegas de escola,
mentindo ou não, diziam que já tinham sentido e, que nela despertava tanta inveja.
O
livro causador de todo aquele feitiço jazia ao lado de Karina enquanto esta se
deliciava com o poder e suavidade de suas mãos.
Prestes a explodir soltou um
grito.
Um
misto de dor e prazer tomou conta de seu corpo. Acabava de receber violentamente uma cintada da chata da irmã mais velha que lhe atingiu a
barriga e os braços
-
O que tu estás a fazer, coisa ruim? Vou
já dizer pra mãe-
Hoje
20
anos depois, com uma taça de vinho numa mão, e um cinto de couro
balançando na outra , Karina na noite do
seu aniversário de 36 anos, olha
sorridente para sua companheira de
quarto deitada languidamente sobre uma
espaçosa cama com um livro erótico na mão, e diz – E
aí, pronta. Vamos começar?
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