sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Louco ? Não.



                                          (Foto: Samuel Souza)
Saúdo o nada.

Louco, eu ? Não.

Apenas perdi as oportunidades dos aplausos nos palcos dos teatros e circos por onde andei.

Agora só me resta o grande palco da vida.

Tento chamar atenção, mas ninguém me vê.

Por um momento alguém finge me enxergar. Umas moedas caem no meu chapéu.

Que bom, amanhã terei pão.

Um lampejo de memória

Carrego na alma marcas das lembranças vividas, das lembranças perdidas.

Para a sociedade sou insano. Não sou.

Estou só.

Sou um guerreiro solitário

Agora só tenho meu corpo, ávido, faminto de um simples aplauso.
















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