A
crença, e a busca pela sintonia com o eterno, são necessidades intrínsecas, não só no ser cristão, mas também daqueles que
professam uma fé, seja no que for. O que faz com que nos comportemos como humanos
de verdade, não é a nossa morfologia,
mas o conjunto das nossas crenças, e a certeza de que não viemos do nada.
Sem a crença no eterno nos resumimos a um simples
ser vivo travestido de humano. Uma vez na condição de humanos eis um grande
desafio: harmonizar-nos, no sentido amplo, com o ambiente em que vivemos e,
assim, melhorar a relação com o outro no exercício do conviver social.
A fé
concebida pelo nosso conjunto de crenças, se constitui num componente
importante para o processo de harmonização da sociedade. Se, sem fé é impossível agradar a Deus, ainda
sem ela é impossível a construção de uma sociedade melhor. Uma sociedade justa.
Nesse aspecto podemos afirmar que a fé é
um elemento indutor do mover humano, tanto no aspecto positivo, quanto
negativo.
Hitler
em nome da “crença” numa raça pura
exterminou milhões de Judeus; milhões de negros foram escravizados sob o manto da “crença de que não eram gente,
eram coisas; e hoje o estado islâmico,
diante de uma fé cega e interpretação
deturpada do Corão, comete todo tido de atrocidades. Na contraposição Jesus
Cristo, Gandhi, Martin Luther king são alguns exemplos de disseminadores da fé que
“move montanhas”, que cura as feridas
mais profundas, ressuscita mortos e que
transforma a sociedade. Seus ideais
permanecem, se eternizaram.
A
fé, a boa, pode ser aprendida, desenvolvida e seus resultados apreendidos pelo
tecido social. O que seria das sociedades sem esse tipo de fé? Resumir-nos-íamos a meros zumbis vagando
sobre a terra, sem rumo, indiferentes ao ambiente e às outras pessoas. O acreditar é da natureza
humana e isso precisa ser cultivado, e nesse pensar, torna-se importante a crença no aspecto de que
o homem pode evoluir para algo melhor.
É crível que o Planeta possa ser ocupado por
homens de muita fé e capazes de coisas prodigiosas; entre elas {a principal} a de construir uma sociedade, justa fraterna
e igualitária. A crença nesses ideais não pode, jamais, ser perdida de vista
sob pena da sociedade se inclinar na direção de um processo contínuo
de involução o que nos levaria a uma condição de barbárie.
Portanto,
existe a fé que destrói e a fé que constrói.
E, é essa boa fé, a que constrói, que precisa ser disseminada em todos os quadrantes da Terra por nós que ainda acreditamos que tudo é
possível àquele que crer.
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