ElsonMAraujo
Ela chegou, chegando! Já
realiza consultas médicas, faz arranjos musicais, realiza vendas on line,
e pasmem! Basta um comando com as especificações do que se quer, e em 30 segundos, às vezes até menos, é elaborada
uma fotografia como se fora produzida,
ou tirada pelos melhores fotógrafos do mundo.
Também já são centenas de textos e livros, pagos ou grátis, de
vários gêneros, à disposição do leitor. No mês passado um dos livros mais
vendidos numa determinada plataforma de vendas on line, foi um infantil,
“escrito” por uma inteligência artificial (IA). Parece assustador, mas tudo isso é uma
realidade que já integra o quotidiano de milhares de pessoas, mundo afora.
Programável, a inteligência
artificial aprende e vai se aperfeiçoando a cada acesso, a cada consulta, a
cada comando. Todas as grandes corporações da área da internet já estão
operando e disponibilizando milhares de serviços por meio dessa nova e
revolucionaria ferramenta.
Não há dúvida de que se trata de uma nova revolução de caráter
global que, se já não afeta, vai afetar fortemente o mundo do trabalho e as
relações humanas. Para não se tornar uma peça descartável os seres humanos
estão obrigados a um novo processo de adaptação ao se considerar que a chegada
da Inteligência Artificial (AI) é um dos desdobramentos mais interessantes e
assustadores da história da tecnologia. Ela tem o potencial de revolucionar
nossas vidas, mas também pode criar desafios importantes para a humanidade.
Por um lado, a Inteligência Artificial traz muitas vantagens para
o nosso mundo. Ela pode nos ajudar a resolver problemas complexos, reduzir os
custos de produção e aprimorar a qualidade dos produtos e serviços. Além disso,
pode ajudar a automatizar tarefas repetitivas e facilitar o acesso a
informações importantes.
No entanto, a Inteligência Artificial também pode trazer vários
desafios. Por exemplo, ela pode criar riscos para a segurança e privacidade,
aumentar a desigualdade de renda, reduzir o número de empregos e prejudicar a
saúde mental das pessoas. Além disso, pode gerar resultados injustos e
incorretos, se não for usada adequadamente.
Na semana passada, ao refletir
sobre o tema no brilhante texto O biocomputador e a consciência, o escritor e filosofo, membro da Academia
Imperatrizense de Letras Tasso Assunção, destacou que de fato “os computadores evoluem, tornam-se cada vez
mais capazes de produzir resultados surpreendentes e já superam grandes gênios
em termos do volume de informações que podem processar”, contudo, prossegue ele, embora “os computadores e a
inteligência artificial possam vir a executar todas as atividades mentais,
jamais serão conscientes e não poderão em tempo nenhum aprender a refletir
autonomamente”
Pelo menos esse aspecto, a da incapacidade de desenvolver a
consciência e refletir, como destaca Tasso Assunção, de alguma forma nos deixa
menos preocupados. Já imaginou se num futuro, não muito distante, além dessas
multitarefas a IA, como a gente já assiste nas produções cinematográficas, de
uma hora para outra, adquira consciência?
É ou não é assustador?
O filosofo refrigera nosso coração.
“Eles podem acumular
conhecimento, mas não estarão em hipótese alguma em um "estado de
conhecer". Em outros termos, saberão, mas jamais saberão que sabem, o que
caracteriza o Homo sapiens”
Em suma, a Inteligência Artificial pode trazer muitas vantagens,
mas também pode trazer desafios. É importante que os governos e empresas
trabalhem juntos, desde logo, para garantir que os benefícios da tecnologia
sejam aproveitados por todos, e que os riscos sejam minimizados.
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