ElsonMAraujo
Considero que mais do que uma data festiva, o oito de março, o Dia
Internacional da Mulher comemorado nesta semana, deveria reservar um espaço não
só para as festividades, mas também para se refletir sobre a manutenção de
todas as conquistas históricas já efetivadas por elas, sem desprezar a luta
permanente pela construção de um ambiente mais seguro. Quando falo em
ambiente seguro, me refiro à integridade física, mesmo.
Os números, e o noticiário do dia a dia, demonstram que apesar das
diversas ferramentas de proteção, e aí entram principalmente as leis, ainda não
houve um freio nos casos de violência contra as mulheres, que só se acumulam.
Na atualidade, as mulheres ainda são obrigadas a conviver num ambiente
marcado, diria, por um nocivo preconceito ancestral do qual derivam o machismo,
comportamentos considerados misóginos (ódio contra as mulheres) e outras
nocividades que, em algumas ocasiões, resultam até em assassinatos. É fato que
as conquistas das mulheres ao longo dos séculos são inúmeras, mas “o
ecossistema feminino” ainda é marcado pela selvageria masculina.
Por tudo que representa a mulher, no consciente e no inconsciente
masculino, não resta dúvida que além do carinho, ela precisa ser tratada com
respeito e ter a vida preservada.
Cumpre ressaltar que as conquistas femininas são fruto de um trabalho
árduo, que precisa ser realmente reconhecido e celebrado. Mas também é
necessário trabalhar para se criar esse ambiente mais acolhedor, e como já
disse, seguro para todas as mulheres para que, assim. possamos avançar na luta
pela igualdade de direitos.
Apesar da mulher ainda
conviver num ambiente inseguro, do
ponto de vista da preservação da sua
integridade física, cabe destacar
seu protagonismo histórico pelas lutas e
garantias de direitos.
Difícil imaginar que até 1827, aqui no Brasil, as mulheres, no
quesito escolarização sequer podiam ir além da escola primária. Uma lei, a Lei
Geral, promulgada no dia 15 de outubro daquele ano, mudou essa história. O voto,
outra conquista, foi resultado de uma grande luta travada desde a Constituinte
de 1891 e mesmo assim, só passou a
valer em 1932, quando foi positivado no primeiro Código Eleitoral Brasileiro.
É isso, o
protagonismo feminino na sociedade tem sido uma luta constante por igualdade de
gênero e oportunidades. As mulheres têm conquistado cada vez mais espaços em
áreas antes dominadas por homens, mostrando sua capacidade e talento em
diversas áreas profissionais, além de liderarem movimentos sociais e políticos
importantes. No entanto, e isso parece até uma espécie de mantra, ainda há
muito a ser feito para garantir que elas tenham acesso igualitário a recursos e
oportunidades, sem sofrerem discriminação ou violência de gênero.
Nenhum comentário:
Postar um comentário