Sangue derramado na areia e no asfalto;
Corpos tombados, no campo e na cidade
Vidas destruídas, histórias interrompidas.
O sangue viaja, entranha, engravida, a Terra.
Um grito,
Um parto,
Um vale de lágrimas
A Terra pari a dor.
Não ri, chora a chegada prematura de mais um filho.
A Terra Grita, a Terra chora
Não era agora,
Não era a hora.
Por favor, deixe a vida viver.
Um comentário:
Elson,
Vim aqui agradecer por estar me seguindo. Creio que deve ter me encontrado no blog "clube da alvorada", não é mesmo?
No mais, também vim retribuir a visita e, te seguir.
Gostei bastante do texto acima, mas sou meio suspeita para falar, já que tenho uma visão um pouquinho pessismita. Contudo, como se trata de um texto que tem uma boa carga emocional e, que abre deixa, acho que um comentário pessimista não fará tão mal.
Em relação a nós, humanos (ao menos a maioria), fico infeliz de admitir que de fato o descaso reinou e, estamos acostumados com a morte. Achamos até graça!
A Terra, uma vítima, não chora e lamenta apenas quando o sangue a invade. A decepção de ser o cenário de um mundo regido por indeferença e egoísmo a fez descrente, triste, decepcionada. O sangue rende boas lágrimas e lamentações, feridas superficiais, que com o tempo e conformismo vão se curando. Mas o modo que agimos para com os outros, a rende feridas incuráveis. Me rende feridas incuráveis.
Continue com o bom trabalho e, espero não ter sido muito intrometida no teu texto, nem nada do gênero que o desagrade. Beijos.
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