ElsonMAraujo
O ser
humano tem um grave defeito, que já nasce com ele: só valoriza o que tem,
ou que lhe cerca, quando perde ou, num lampejo, percebe que pode perder a
coisa. É quando começa a correr atrás. Uma corrida que pode ir do nada,
para lugar nenhum, porque pode ser muito tarde. É quando o bom
que foi perdido, não pode mais ser resgatado. Todos nós, a maior ou a
menor, carregamos esse gene. O bom, é
que é algo que pode ser corrigido, ou pelo menos amenizado.
Como tudo
na vida, quando a gente desperta para a importância da consciência de se
prestar atenção para os elementos que nos circundam, esse defeito pode
ser afastado, ou como disse logo acima, amenizado.
Quando
comecei a raciocinar sobre esse tema lembrei de uma frase, até já muito batida
e de autoria desconhecida, que diz que: às
as vezes é preciso cem anos para a gente enxergar algo que vemos todos os dias.
Acredito que o ditado é autoexplicativo.
Quantas
vezes não tivemos ali, bem do ladinho, uma “mina de ouro”, um “jardim do édem”,
um “manjar dos deuses”, uma oportunidade incrível, a companheira, ou o
companheiro dos sonhos, um aliado valoroso, e por não lhes dispensar a devida
atenção e o valor necessários, deixamos correr tudo para longe, tal água
corrente? Tem gente que nessa caminhada, deixa de valorizar até mesmo a
liberdade.
É comum
nas rodadas de conversa, quando se toca nesse tema, só vir à tona questões
relacionadas ao fim de um relacionamento. Mas esse defeito, o de não valorizar
o que se tem ali ao alcance das mãos, dos olhos e da alma, além de ser possível
de verificação, também permeia outros ramos da convivência dos homens com o outros,
e consigo.
Aqui , uma
pequena pausa para outra provocação:
quantos talentos ao longo da vida deixamos de valorizar, quando era para
valorizar, ou mesmo nem sabíamos que os tínhamos? E quantas pessoas talentosas
que você conhece, e já conheceu, e que hoje reconhece que não se deu, ou
não teve o reconhecido valor?
Fico
aqui, às vezes absorto, a imaginar como ficaria o mundo se o homem efetivamente
despertasse para a tomada da consciência e valorização das fantásticas
possibilidades físicas e espirituais de que é capaz e que estão Ali,
enclausuradas, quietinhas, prontas para ganhar o mundo.
O ser
humano, com todos os seus defeitos, se constitui “numa perfeição”. Um
verdadeiro designer inteligente, mas que precisa de um despertar de
consciência para se autovalorizar e valorizar o que lhe cerca, a começar por
prestar mais atenção ao semelhante. Afinal, não nascemos para a mediocridade. Evoluímos genética e espiritualmente para
feitos inimagináveis até hoje não adequadamente explorados nesses 200 mil anos do
nosso surgimento na Terra.
De tudo,
uma quase certeza, o despertar dessa consciência não fará do homem algo pior do
que já é.
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